A boxeadora italiana Angela Carini desistiu de enfrentar a argelina Imane Khelif no ringue pela categoria de até 66kg do boxe feminino. A disputa entre a lutadora italiana e Khelif, mulher que falhou em testes de gênero no ano passado durante o mundial de boxe, terminou com apenas 46 segundos.
O COA se manifestou – “O COA condena veementemente a difamação e a perseguição antiéticas à nossa estimada atleta, Imane Khelif, com propaganda infundada de certos meios de comunicação estrangeiros”, afirmou a entidade a BBC.




Alvo de ataques e fake news bolsonaristas, a boxeadora nasceu no sexo feminino, Khelif foi reprovada em teste de elegibilidade da Associação Internacional de Boxe (IBA) por ter uma mutação genética, mas foi autorizada a competir pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
Basicamente, ela possui uma condição chamada Desordem de Desenvolvimento de Sexo (DSD), o que faz com que a atleta apresente altos níveis de testosterona, níveis similares ao de homens.
Ataques da mídia
Carlos Bolsonaro opinou sobre o caso. “Uma mulher que se preparou a vida todo para o ápice de todo atleta é confrontada a enfrentar um homem justamente num esporte que a força é absurdamente fundamental, onde estão as feministas que não dão um pio contra isso? No meu convívio social já repeti seguidas vezes, não há mais espaço racional para pessoas que concordam com aberrações tipo esta, somente o isolamento e a ignorância podem retomar o rumo correto a ser seguido”, escreveu.
Os parlamentares se referiram à atleta — que é intersexo — como uma mulher transexual ou “homem biológico” para questionar a participação dela nas Olimpíadas de Paris 2024, após a vitória da lutadora na primeira rodada da categoria até 66kg do boxe feminino.