Na noite de sábado (16/11), em Araporã, no Triângulo Mineiro, um bebê de 1 ano e 4 meses faleceu após ser levado ao Hospital João Paulo II com um tiro na cabeça. O pai da criança, de 18 anos, e um adolescente de 17 foram detidos após apresentarem versões contraditórias sobre o ocorrido.
O pai e a mãe do bebê relataram à Polícia Militar que estavam em um bar quando uma moto passou e um dos ocupantes disparou, atingindo a filha. No entanto, após a análise de imagens de câmeras de segurança, a versão do casal foi desmentida, pois não foi registrada nenhuma moto no local. Os vídeos mostram um jovem correndo com uma arma na mão, identificado como amigo do pai da criança, de 17 anos, que também foi preso.
O adolescente foi identificado pelos policiais e, em depoimento, revelou que estava com o pai da menina e um primo nos fundos de uma casa, onde estavam testando a arma. Ele afirmou que o disparo foi acidental e atingiu a cabeça da menina.
O jovem inicialmente afirmou que ele próprio era o autor dos disparos, conforme mostrado nas imagens, em que aparece correndo com a arma nas mãos. Quando questionado sobre o paradeiro da arma, disse aos policiais que a havia jogado em um rio. Contudo, em seguida, alterou sua versão, alegando que entregou a arma a uma pessoa em uma moto, mas não soube identificar quem seria essa pessoa.
Os militares não conseguiram localizar o proprietário da casa onde o crime ocorreu, mas descobriram que o local é conhecido por ser frequentado por usuários de drogas. A namorada do adolescente relatou que ele chegou em casa, foi direto tomar banho e, depois, lhe contou que não perceberam que a arma ainda tinha munição quando disparou. O primo do adolescente disse que estava fora da casa, ouvindo música em um carro, e só ouviu o disparo da arma.
Devido às contradições nos depoimentos dos envolvidos, o pai do bebê e o adolescente foram apreendidos como suspeitos do crime.
