Após a vitória da argelina Imane Khelif sobre a italiana Angelina Carini, nas oitavas de final do boxe até 66kg feminino da Olimpíada de Paris, na quinta-feira (01/07), as redes sociais registraram diversos ataques sobre a possibilidade da pugilista da Argélia ser transgênero.
Nascida em Tiaret, no noroeste da Argélia, a boxeadora de 25 anos está em sua segunda Olimpíada. Em Tóquio 2020, Imane Khelif caiu nas quartas de final para a irlandesa Kellie Harrington.




Khelif tem no currículo uma prata conquistada no Mundial de Boxe de 2022, se tornando a primeira boxeadora do seu país a chegar à final.
Khelif se tornou finalista olímpica, nesta terça-feira (6/08), ao vencer a semifinal contra a tailandesa Janjaem Suwannapheng na categoria peso médio (até 66kg) feminina.
Na semifinal, a argelina venceu a pugilista tailandesa por decisão unânime, e vai enfrentar a chinesa Yang Liu, na próxima sexta-feira (9/08).
Intersexo x transgênero: entenda a diferença
A população intersexo possui variações no corpo que fogem do padrão binário, essas variações podem ser genitais, gônadas e padrões cromossômicos. A interpretação que costuma categorizá-los como anômalos desencadeia a perda da autonomia e do poder de decisão sobre os seus corpos.
E trans? Transexuais são pessoas que, em regra, não possuem nenhuma alteração biológica, a transexualidade entra mais na questão de gênero e construção social. São pessoas que são denominadas homens ou mulheres ao nascer, mas depois, esse sujeito se entende pertencente ao sexo/gênero oposto, ou outros, por conta de um conjunto de características que são socialmente construídas e atribuídas. Hoje em dia, existe uma multiplicidade de gêneros. Trans basicamente é não se entender dentro do padrão binário estabelecido.