O apresentador Cid Moreira e seus filhos, Roger e Rodrigo Moreira, enfrentaram uma disputa pública nos últimos anos, e essa tensão chegou ao auge com a revelação do testamento do jornalista.
Moreira, que faleceu aos 97 anos, deixou fora de sua herança seus dois filhos, Rodrigo e Roger. A informação foi confirmada ao jornal Folha de S. Paulo pelo advogado da viúva Fátima Sampaio, que garantiu a exclusão dos filhos do testamento.




Desta vez, a batalha judicial pela herança de Cid Moreira ganhou um novo capítulo. Roger e Rodrigo Moreira, filhos do jornalista, contrataram um perito renomado para analisar as assinaturas do pai em documentos e o profissional constatou que há divergências entre elas.
Os irmãos agora alegam que o testamento, que deixa para a viúva, Fátima Sampaio, o patrimônio de R$ 60 milhões, pode ter sido falsificado. A Hora da Venenosa exibiu a comparação entre algumas assinaturas e conversou com o perito Claudio Cordeiro, que afirma que “o parecer técnico pode servir como prova para esclarecer a autenticidade dos documentos em questão”.
Mas o direito dos filhos à herança pode ser retirado dessa forma?
É algo difícil de ser colocado em prática, introduz o advogado especialista em governança familiar Geraldo Gonçalves. Quando alguém morre sem ter oficializado um testamento, seus bens automaticamente se tornam posse dos descendentes, a não ser que a pessoa tenha cometido um crime já provado contra o morto.
A indignidade dos herdeiros é algo previsto em lei, segundo a qual os filhos podem ser privados da herança se:
Tiverem tentado matar ou matado os pais, cônjuges dos pais ou outros parentes com direito à herança;
Houverem acusado caluniosamente os pais na Justiça ou cometido crimes contra a honra deles;
Impediram, com uso de fraude ou violência, que os pais usufruíssem dos bens.
Se não há um crime dessa natureza e, mesmo assim, a pessoa não deseja que a herança seja repassada aos descendentes, precisa registrar essa vontade em vida.